Solução é ideal para garantir espaços privados e sigilosos em grandes escritórios abertos. Conheça as vantagens e os cuidados de projeto e execução necessários nesses espaços

Projetos de escritórios open space – mais abertos e sem divisórios – têm se tornado cada vez mais comuns nos últimos anos. Mas, não importa quão moderna e inovadora seja a empresa, a necessidade de fazer reuniões privadas ou conferece calls continua a existir.

Para garantir um ambiente de concentração e sigilo total às conversas os espaços privativos vêm ganhando maior protagonismo nos escritórios – os chamados casulos acústicos. “Eles funcionam como uma espécie de ilha acústica, garantindo mais privacidade aos usuários. É uma solução usada em situações nas quais se exige isolamento e conforto acústico”, explica Monica Campino, gerente de especificação da Owa Sonex. 

Em geral, os casulos acústicos são ambientes que recebem reuniões informais e, geralmente, são executados com uma combinação de soluções arquitetônicas, com produtos combinados, como marcenaria, painéis acústicos e tecidos para esse fim. 

No projeto destes espaços, o importante é garantir que o som produzido no ambiente não vaze para fora, ao mesmo tempo em que se preserva a inteligibilidade e audibilidade para quem está dentro, de modo que as conversas possam ser ouvidas com clareza.

Isolamento e condicionamento perfeitos

É possível construir casulos acústicos com altíssimo desempenho. Para isso, o primeiro passo é contar com a ajuda de um bom consultor acústico. Em parceria com o arquiteto, esse profissional pode calcular o índice de privacidade exigido em cada projeto, chegando nas melhores soluções para esse fim.

O segundo passo é sempre garantir que haja bom isolamento e ótimo condicionamento acústico no ambiente. O isolamento pode ser feito com placas de drywall com mantas de lã mineral ou de rocha e o uso de soluções como vidros ou concreto especiais. Até mesmo o piso pode ser tratado com soluções específicas.

No entanto, vale ressaltar que a maioria dos produtos que fazem um bom isolamento possuem superfície reflexiva, atrapalhando a experiência de quem está dentro desse ambiente. Para impedir essas múltiplas reflexões, é preciso pensar em um tratamento fonoabsorvente. Nessa hora, entram em campo soluções como a linha Sonex Illtec e os forros minerais OWA para uso no teto, e os produtos das linhas Nexacustic e Fiberwood que podem ser aplicados tanto no teto quanto nas paredes.

“Temos laudos das curvas acústicas simuladas de todos os produtos da OWA Sonex para garantir diversos tipos de desempenho exigidos. Conseguimos agregar a solução estética arquitetônica com o desempenho acústico desejado pelo cliente”, lembra Monica.  

É preciso prever o casulo acústico ainda no projeto?

Como outros sistemas, o ideal é que o uso dessa solução seja previsto ainda na fase de projeto, garantindo assim uma execução perfeita. Mas nada impede que seja usada em obras de retrofit também.

“Quando podemos pensar nela (acústica) antes da construção do edifício, é possível pensar em materiais e sistemas construtivos próprios para garantir uma excelente acústica. Quando não pensado antes, o tratamento acústico, dependendo do escritório, terá de ser feito posteriormente à construção de uma nova edificação”, explica Monica. 

Nos casos de retrofit, é muito comum serem necessárias adequações no isolamento e no condicionamento acústico, o que pode exigir até mesmo a troca da caixilharia.

O arquiteto Sérgio Athié, sócio-fundador do escritório Athié Wohnrath, lembra que é muito importante que os casulos acústicos tenham excelente absorção acústica. “As reuniões que ocorrerão neles devem ser sigilosas, mas o som interno ali produzido não pode vazar e atrapalhar as atividades nas demais áreas de trabalho”, explica o arquiteto.

Quais os cuidados básicos necessários na etapa de projeto?

Antes de aplicar qualquer produto para aumentar o conforto acústico, é fundamental checar se o espaço possui um bom isolamento acústico, sempre tendo em mente a proposta de uso de cada ambiente.

Em um espaço aberto e sem a necessidade de privacidade total, o importante será garantir as condições de inteligibilidade e audibilidade das conversas. Já em situações que exijam privacidade máxima, o projeto deve considerar o uso de produtos que garantam total isolamento.

“A localização adequada do casulo acústico no layout proposto, a incorporação de tecnologia que permita a aceleração digital, e o conforto ergonômico para os usuários também devem ser pensados no projeto”, reforça Athié.

E na execução, o que levar em conta?

Qualquer erro nesta etapa impacta diretamente no resultado esperado de absorção acústica. Por isso, é imprescindível que todas as premissas adotadas em projeto sejam seguidas à risca. O ideal é que os profissionais de arquitetura e acústica acompanhem essa etapa no local para garantir a qualidade do resultado.

Quando os casulos são para privacidade total, a vedação é um dos itens mais importantes nesses ambientes. “Não pode existir nenhum tipo de vão. Divisórias de vidro, por exemplo, devem ser muito bem vedadas”, ressalta Monica.

É altamente recomendável que todas as divisórias sejam executadas seguindo à risca as recomendações do fabricante. Uma parede fora de quadro, por exemplo, também pode resultar em falhas e pontos de vazão de som. “Não basta melhorar a acústica internamente e não se preocupar em isolar corretamente o ambiente”, explica a gerente de especificação.

Após garantir que nenhum som vai entrar, é importante ter certeza que a acústica dentro do casulo está adequada para a realização de reuniões, ligações e vídeo conferências. Nesse caso, a absorção sonora precisa ser avaliada para aplicação dos produtos na medida certa, garantindo a inteligibilidade da fala e evitando qualquer tipo de reflexão dos sons que pode prejudicar o principal objetivo desses espaços que é justamente garantir a privacidade e conforto acústico.

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